terça-feira, 12 de setembro de 2017

Gerson Carneiro: MBL e Zezé Di Camargo, professores de estória da “escola sem partido”



Sabendo que é possível que algum seguidor ou membro do MBL leia este post, de antemão já esclareço: a “estória” do título é com “e” mesmo. Não se trata de erro ortográfico.
Explico. Nessa segunda-feira (11/09), tomei ciência de que uma exposição de arte foi fechada em Porto Alegre por conta das críticas feitas por esse grupo de fascistas.
Pois essa bizarrice da manhã estaria incompleta se, antes de dormir, eu não tivesse sabido no UOL o que o cantor Zezé Di Camargo disse em entrevista à jornalista Neda Nagle, em seu canal no You Tube:
“Muito gente confunde militarismo com ditadura, todo mundo fala ‘nós vivíamos numa ditadura’. Nós não vivíamos numa ditadura, nós vivíamos num militarismo vigiado” (sic).
Zezé  que se diz “muito politizado” e que os políticos ficam impressionados com os seus conhecimentos políticos, prosseguiu:
“O Brasil nunca chegou a ser uma ditadura daquelas que ou você está a favor ou você está morto”
Ao que Leda Nagle lembrou-lhe de que, por 21 anos, a ditadura militar prendeu, torturou e matou muita gente.
Zezé respondeu:
“Mas não chegou a ser tão sangrenta, tão violenta”.
Diante de tais pérolas, só posso chegar a uma conclusão: Zezé Di Camargo não entendeu o filme Dois Filhos de Francisco, do qual ele, o irmão, Luciano, e o pai são protagonistas.
Zezé Di Camargo simplesmente ignora a passagem do filme em que ele e o irmão, ainda crianças, são levados a cantar a música “Meu Brasil”, de Rick Nunes e Ricardi, e acabam repreendidos pelo dono do programa ao versar:
“Terra linda de grandes riquezas
Viva a natureza da nossa nação
Que vive hoje em dia
Numa grande confusão …
Viva as forças armadas
E a sua tirania”

Eles foram “lembrados” pelo mesmo dono do programa — “com um gesto de degola — que o presidente do Brasil era então um militar. Confira no link do vídeo abaixo.
https://youtu.be/zQO3gPhrZUE
Lição do dia: MBL ditando o que é arte e Zezé Di Camargo, o que é ditadura, são o suprassumo da “escola sem partido”. Ambos candidatos a professores de estória da “escola sem partido”.
*Gerson CarneiroNordestino. Retirante, e principalmente Colocante.


FONTE: Viomundo

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