terça-feira, 7 de março de 2017

Comunicação do Senado proíbe uso do termo "Feminismo"


Fiquei sabendo hoje, em off (não posso divulgar a fonte porque a pessoa poderia ser processada) que a palavra "feminismo" foi proibida nas mídias sociais do senado.

A diretora da Secom (Secretaria de Comunicação do Senado) passou a determinação pro novo chefe, que a repassou para a equipe. A peça acima, da ativista Malala Yousafzai, ganhadora do prêmio Nobel da Paz,  mundialmente conhecida, foi usada como exemplo do que não pode mais ser divulgado.

A alegação foi que o Senado "não pode obrigar ninguém a ser feminista".

A equipe da Secom estava preparando um post sobre o Dia Internacional da Mulher (depois de amanhã, 8 de março) quando recebeu esta informação. Ou seja, terá que falar de uma data internacional de luta das mulheres sem poder citar o movimento feminista. 

É um absurdo esta proibição, já que a Secom presta um serviço público. São 2,7 milhões de assinantes no Facebook e 500 mil no Twitter. A palavra "feminismo" foi excluída como se fosse um palavrão. 

Um artigo do ano passado publicado na Folha de S. Paulo, assinado pela diretora da Secom, dizia: "A comunicação do Senado reúne veículos de distribuição de informação primária e oficial. Não há disputa por audiência com a mídia privada. Ao contrário. Parte do nosso trabalho é alimentar os jornais, portais e emissoras de rádio e televisão, que escolhem livremente o que e como desejam divulgar". 

Pois bem, decidiu-se (quem decidiu? Por quê?) que essa "alimentação" não pode incluir a palavra "feminismo" ou "feminista". 

Não tenho confirmação se esta proibição se estende até a TV Senado, ou fica "apenas" nas mídias sociais. Mas é mais um exemplo do retrocesso que vivemos. 

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