quarta-feira, 17 de dezembro de 2014

Dominação econômica global ou terceira guerra mundial?




Por LUÍS CARLOS ROMOLI DE OLIVEIRA

Os Estados Unidos da América estão, nestes últimos dias, jogando sua grande cartada: um tudo ou nada que só saberemos o que deu dentro de alguns meses, talvez uns 12 a 18 meses.

Junto com alguns [aliados] países fortes da OPEP, como a Arábia Saudita e alguns players europeus que não querem aparecer, conseguiram enlear algumas economias do mundo, como a Rússia, Brasil, Irã, Venezuela e vários outros com algo que poderá ser o maior blefe de toda a história. Ou quem sabe, se der certo o plano deles, conseguirão dar um golpe de misericórdia nessas nações para manterem e expandirem o seu status quo de hiperpotência mundial por mais algumas gerações.

Por conta de seu [subsidiado e] criticadíssimo projeto de extração de petróleo de xisto, algo calamitosamente agressivo à natureza, estão forçando uma baixa de quase 50% nos preços do petróleo tradicional em todas as bolsas do mundo. Dizem [e há quem acredite] que sua produção de óleo de xisto aumentou significativamente suas reservas estratégicas e que, por isso, podem baixar os preços em 50%, algo impensável há apenas poucos meses atrás.

Junto com essa massiva desvalorização, estão tentando desestabilizar as nações ricas em petróleo em seu próprio quintal, a Venezuela e o Brasil.

Na Venezuela, os ataques predadores na economia já fizeram com que a inflação chegasse na casa dos 50%, enquanto no Brasil existe um [conveniente e amplificado] ri-fi-fi de denúncias ainda não comprovadas de um grande desfalque nas contas da Petrobras, que poderá inviabilizar a empresa e causar sérios danos, como a queda do valor de face de suas ações para menos da metade do que valiam há apenas alguns meses atrás, além de grande desemprego e convulsão social. Tudo num plano de [planejado] sincronismo espetacular.

O grande jogo que [os EUA] jogam hoje é desestruturar tanto a Venezuela como o Brasil e a Rússia e, quem sabe, também a China, e apossarem-se "financeiramente" de suas reservas petrolíferas, talvez comprando-as por qualquer ninharia na bacia das almas nessas horas de vacas magérrimas, quando o valor das ações dessas empresas já valem metade do que valiam ontem.


Tão logo essa conquista "via mercado financeiro" se confirme, vão anunciar que o projeto do xisto não deu certo, mas que, nesse ínterim, compraram os poços da Venezuela, da Russia e do Brasil. E pronto! Deu-se o golpe que estão ensaiando já há vários anos, sem disparar um único tiro. Terá bastado somente uma sequência de protoataques como vimos na última década: contra a tal da praga da ameaça bolivariana; com o câncer em cinco chefes de governo na América Latina num mesmo momento; com o [violento] "não vai ter Copa" no Brasil; com a "opção-legal" de Joaquim Barbosa e o Mensalão; com a opção desesperada Marina Silva, que também não vingou, e agora com um "terceiro turno" das eleições democráticas do mês passado e mais o megaescândalo que ainda nem é um processo judicial, mas já xacoalhou toda a estrutura do novo governo brasileiro... Tudo isso, junto com a benesse momentânea e surpreendente do discutidíssimo óleo de xisto, estão colocando de joelhos a maior e mais dinâmica empresa brasileira, que tinha entre suas principais metas promover o maior resgate histórico da educação e da saúde neste país em seus 500 anos de vida, com os royalties do pré-sal.

No entanto, o que vemos neste momento é que a Petrobras está sendo colocada sobre terrível stress que poderá romper não só nosso sistema financeiro e político como nossos planos de resgaste de nossa soberania através da educação e da saúde do povo.

Junto, tentarão rolar a Rússia e talvez a China no mesmo imbróglio; mas há muitos que apostam que o projeto do óleo de xisto irá dar com us burros n'água muito antes dos 12 meses que os teóricos preconizam, que, se realmente acontecer, deveremos ver o feitiço virar contra o feiticeiro e derrubar definitivamente a maior economia do planeta desde o interregno das duas grandes guerras mundiais.

O projeto óleo de xisto e a crise dos 'subprimes' (derivativos) de 2008-2009 terão sido grandes demais para o mundo do século XXI engolir... Se o blefe se confirmar, deveremos ver o império americano e seus parceiros da UE serem corroídos velozmente de dentro para fora numa alusão à dilapidação dos afrescos dos palazzos romanos quando da queda do império peninsular a partir dos anos 400 de nossa era.

Essa é a maior briga de cachorro grande que temos notícia na história recente do mundo. Nem mesmo as guerras mundiais trouxeram tantas mudanças como as mudanças que iremos ver caso a aposta no blefe seja realmente o que os EUA estão fazendo neste momento.

E se eles perderem, sai de baixo. Será a terceira guerra mundial e os vencedores serão... os chineses!

Vou apostar no Brasil e na Petrobras mais brasileira ainda: Vou comprar ações em baixa de 50% da Petrobras ainda amanhã e quem sabe ficarei rico em menos de 12 meses.

Quem viver, verá".


Fonte: Democracia & Política

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