sexta-feira, 10 de janeiro de 2014

Comercial de TV faz o tempo parar e choca audiência ao redor do mundo


 
Um comercial produzido pela Agência de Transporte da Nova Zelândia chocou a audiência, por sua mensagem direta, e se transformou em um dos assuntos mais comentados por internautas brasileiros desde que foi publicado no YouTube, no último domingo. O vídeo repercute por mostrar o tempo “parando” momentos antes de um acidente que envolve dois carros. O objetivo da peça é alertar os motoristas sobre direção perigosa e velocidade excessiva nas estradas. Na produção, os condutores descem dos veículos antes da batida em um cruzamento e conversam a respeito da situação.
 
– Cara, eu sinto muito. Achei que dava tempo – diz um dos motoristas.
 
– Eu não vou ter tempo para parar – responde o outro homem.
 
– Por favor, meu filho está no banco de trás – implora o condutor.
 
- Estou indo muito rápido. Sinto muito – lamenta o rapaz que dirige pela rodovia.
 
Com mais de 1,3 milhão visualizações, até esta quinta-feira, o comercial tem sido considerado um dos mais impressionantes já produzidos na Nova Zelândia.
 
Assista ao vídeo:



Acidentes


No Brasil, os acidentes de carros geram taxa de mortes quatro vezes maior que nos Estados Unidos, diz levantamento divulgado pela agência norte-americana de notícias Associated Press (AP). Segundo dados do Ministério da Saúde de 2010, citados no artigo, 9.059 pessoas morreram em acidentes deste tipo no Brasil, enquanto no mesmo ano os Estados Unidos registraram 12.435 mortes por batidas de carro. No entanto, a frota de automóveis americana é cinco vezes maior que a brasileira.
 
Segundo especialistas ouvidos pela AP, os motivos para os altos índices brasileiros são os carros brasileiros mais frágeis do que os vendidos em outros países, além das más condições das vias. “Os carros de entrada no Brasil são extremamente perigosos, isso não pode ser negado. A taxa de mortes em acidentes é muito alta”, diz Maria Inês Dolci, da Proteste Associação de Consumidores. Em 2010, a associação já havia apontado falhas de segurança nos carros brasileiros.
 
– Os fabricantes fazem isso porque os carros se tornam mais baratos de fazer e as exigências dos consumidores brasileiros são menores; seu conhecimento dos problemas de segurança são menores do que na Europa e nos Estados Unidos – acrescenta Dolci.
 
Segundo a consultoria IHS Automotive, as fabricantes tem 10% de lucro sobre carros fabricados no Brasil, enquanto nos Estados Unidos este número é de 3% e a média global de 5%.
 
Em 2014, o Brasil passa a exigir a utilização de airbags frontais e sistema de freios ABS a todos os carros novos. No entanto, segundo a AP, as autoridades brasileiras ainda não possuem laboratórios para realizar testes de colisão e verificar a eficácia de proteção dos veículos. Assim, as pesquisas referentes aos carros do país ficam a cargo da Latin NCAP, braço para a América Latina da organização europeia que promove testes independentes de segurança com carros ao redor do mundo.
 
Segundo a AP, com base em informações obtidas com engenheiros e especialistas dentro da indústria, estas fragilidades dos carros brasileiros são ocasionadas por soldas fracas na estrutura, dispositivos de segurança escassos e materiais de qualidade inferior, em comparação com modelos similares fabricados para os EUA e Europa.
 

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