quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

A educação segundo Freud e a função de educar na Educação Infantil



Estava procurando assuntos interessantes para postar no blog quando me deparo com alguns trabalhos acadêmicos produzidos quando estava cursando pedagogia. Este trabalho fala da educação infantil sob os parâmetros do RCNEI. Para ampliar os horizontes da educação infantil, resolvi colocar o posicionamento da psicanálise freudiana em relação à educação. Vamos ao trabalho:

O dicionário de termos de psicanálise de Freud (CUNHA, 1970) define educação como “um incitamento à conquista do princípio do prazer e em sua substituição pelo princípio da realidade” (p. 54). Uma de suas funções é inibir, proibir, suprimir; exercer o representante da lei e das exigências sociais. Contudo, se essa proibição for exacerbada, o indivíduo pode não suportar e se tornar o que a psicanálise chama de neurótico. Mas como saber a medida certa, de maneira que ocasione o máximo de bem e o mínimo de dano possível, já que as crianças, assim como todo ser humano, são seres idiossincrásicos, com disposições constitucionais muito diferentes umas das outras? Essa é a árdua tarefa do educador. Enquanto pedagogos, jamais devemos esquecer que criança como todo ser humano, é um sujeito social e histórico e faz parte de uma organização familiar que está inserida em uma sociedade, com uma determinada cultura, em um determinado momento histórico. É profundamente marcada pelo meio social em que se desenvolve, mas também o marca.

O educador deve estar sempre atento e reconhecer a constituição característica de cada criança, para que somente desse modo possa calcular, por pequenas indicações, o que está acontecendo na mente ainda não formulada da criança, para lhe dar a quantidade exata de amor e estímulos, e ao mesmo tempo, preservar um grau efetivo de autoridade.

Já para o RCNEI as novas funções para a educação infantil devem estar associadas a padrões de qualidade. Essa qualidade advém de concepções de desenvolvimento que consideram as crianças nos seus contextos sociais, ambientais, culturais e, mais concretamente, nas interações e práticas sociais que lhes fornecem elementos relacionados às mais diversas linguagens e ao contato com os mais variados conhecimentos para a construção de uma identidade autônoma.

Educar significa, portanto, propiciar situações de cuidados, brincadeiras e aprendizagens orientadas de forma integrada e que possam contribuir para o desenvolvimento das capacidades infantis de relação interpessoal, de ser e estar com os outros em uma atitude básica de aceitação, respeito e confiança, e o acesso, pelas crianças, aos conhecimentos mais amplos da realidade social e cultural. Neste processo, a educação poderá auxiliar o desenvolvimento das capacidades de apropriação e conhecimento das potencialidades corporais, afetivas, emocionais, estéticas e éticas, na perspectiva de contribuir para a formação de crianças felizes e saudáveis.


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