domingo, 5 de agosto de 2012

Gays, evangélicos e o direito à igualdade num Estado laico


Um deputado federal e pastor evangélico fez um chamado no mês de julho de 2012 a todas as denominações evangélicas do Brasil para que se unam contra a criminalização da homofobia e criticou as decisões do Supremo Tribunal Federal  (STF) “de esquerda” a favor de “tudo que não presta”, incluída aí a “união estável homoafetiva”.

O pastor está longe de ser o único a fazer manifestações públicas dessa natureza: basta fazer uma busca em alguns sites fundamentalistas na internet, assistir a determinados programas de televisão e ouvir discursos proferidos por certos parlamentares evangélicos.

Fico me perguntando por que tanto desprezo, tanto ódio, tanta agressão, tanto amedrontamento infundado dos fiéis, tanto anúncio da “catástrofe” por vir que representaria a proteção jurídica dos direitos humanos de lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais (LGBT), e tanta perseguição até contra pessoas que não são LGBT, mas que têm manifestado seu apoio à causa da diversidade, vide alguns ataques que já se iniciaram nestas eleições.

Onde está o espírito do cristianismo exemplificado e pregado pelo próprio Cristo? O que aconteceu com o mandamento pregado por ele: “Amai-vos uns aos outros como eu vos amei”?

A homofobia é pecado, assim como o racismo. Vejam, por analogia, o relato de Tiago: “Todavia, se estais cumprindo a lei real segundo a escritura de amar ao teu próximo como a ti mesmo, fazeis bem. Mas se fazeis acepção de pessoas, cometeis pecado, sendo por isso condenados pela lei como transgressores”. E também em Atos: “Então Pedro, tomando a palavra, disse: ‘Na verdade, reconheço que Deus não faz acepção de pessoas’”. Mesmo que fôssemos utilizar argumentos de livros sagrados, o que não é o caso, está havendo – sim – acepção da comunidade LGBT.

Veja materia completa aqui.


Fonte: Portal Vermelho

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